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Você está proibido de ler este blog fora de ordem! A nova ciência da tecnologia criou uma nova ditadura de formas e conteúdos e tive que fazer algumas mágicas para que as coisas apareçam na ordem certa (mas nem sempre funciona)!
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sábado, 2 de outubro de 2010

Rascunhos de Um Pensar - Parte 10

Sobrou a visão, dos seis sentidos que achamos que temos. Negar a visão é a mais fácil se pensarmos um pouco. Por exemplo, mesmo de olhos fechados, você tem a sensação de ver... sua mente se povoa de imagens. Para negar a visão que vê basta nos concentrarmos na visão que não vê.

Temos a visão que nos mostra as coisas que ainda não são, as coisas que poderiam estar por vir; em síntese, se podemos ver o que não existe ainda mais uma vez negamos a visão como retratista fiel da realidade.

Se aceitamos que podemos ter visões de coisas futuras, se aceitamos que em nossos sonhos vemos os "filmes" que nós mesmos criamos, se aceitamos que as ilusões de ótica são divertidas, se aceitamos que os mágicos prestidigitadores podem nos enganar com total facilidade, porque achamos que ver é um sentido que nos apresenta a realidade?

Assim negamos a visão, e com ela os demais sentidos aos quais adoramos nos apegar para termos a certeza de estarmos vivos, coerentes e participativos.

Negamos o valor intrínseco dos sentidos como sendo ferramentas absolutas de percepção.

Mas nosso crescimento interior, o qual precisa ser conquistado para conquistarmos o Nada, passa também por repaginarmos os conceitos Realidade e Verdade. O Nada precisa que a Realidade seja desnecessária e que a Verdade seja tão abrangente que não faça mais sentido ser citada.

Vamos ver o que os dicionários nos ensinam:

Realidade: qualidade ou estado do que é real....
Real: que existe verdadeiramente...
Verdade: aquilo que corresponde à realidade...

Os dicionários ligam claramente os dois conceitos, realidade e verdade, e os colocam, se não como sinônimos, como coadjuvantes, um sustentando o outro, como naquela figura da pessoa sentada num balanço preso a um galho (que sustenta o balanço) e o ao mesmo tempo essa pessoa segura o galho com a mão, sustentando-o. Estas duas palavras se sustentam e se mantêm vivas, apesar de suas nulidades.

Pode-se buscar várias fontes, vários sábios e várias filosofias para se definir a Realidade, mas em todas elas fica claro que a Realidade não é única! Criamos até a Realidade Virtual! A realidade não sendo única, não pode ser usada de parâmetro ou de invólucro para a tal da Verdade.

Se acreditávamos que a percepção dos sentidos nos dava a dimensão da realidade, e com ela a verdade, e se críamos que a verdade era única, então só poderia existir uma única realidade, baseada na percepção absoluta dos sentidos.

Mas, como vimos que não há percepção absoluta, podemos dizer que não nem Verdade e muito menos Realidade.

E agora?

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