INSTRUÇÕES DE USO

Você está proibido de ler este blog fora de ordem! A nova ciência da tecnologia criou uma nova ditadura de formas e conteúdos e tive que fazer algumas mágicas para que as coisas apareçam na ordem certa (mas nem sempre funciona)!
Embaixo você vai poder ler as últimas partes escritas (mas só se você já leu o resto) - não me obedecer pode gerar sua expulsão desta minha doação literária! Para ajudar, olhe à sua esquerda e vai ver um índice... sabe o que fazer com ele?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sementes do Escrever

E eu, meu caro leitor, continuo na busca sempre renovada de sementes do escrever. Confesso:  não sei escrever do nada! Preciso de algo que me provoque sem me inibir, preciso de sementes que eu possa transformar em textos e depois expô-los ao você e ficar no aguardo.

Devido à minha total falta de senso de autocrítica (o que é um alivio), fico na expectativa da sua reação, opinião ou simples manifestação. E se eu não conseguir lhe agradar com que escrevo, terei que aprender a melhor cuidar da terra ou a trocar de leitor.

Se bem que possa ser por muitas vezes frustrante não saber escrever guiado apenas pela vontade, a busca necessária de uma semente provoca em mim a necessidade de me expor, de conviver, de examinar e roubar o momento, a frase ou o pensamento de um alguém que me sirva na busca.

Mais frustrante ainda é quando a semente passa pela minha mente em momento impróprio, onde me falte a caneta e o papel ou a memória poética do instante escritor para depois compor.

E sem essa semente como poderei atingir meu já conhecido objetivo de escrever sem parar? Terei eu que aprender a escrever sem nada dizer? Escrever sem nada sentir? Enfileirar idéias e ir usando-as como pílulas bem dosadas de assuntos a preencherem obrigações contratuais de produzir textos?

Não sei se conseguiria! Sabe, eu gosto de escrever! Não vou estragar isso com truques e artimanhas!

E você, leitor, se gosta de me ler, terá duas grandes tarefas perenes pela frente: primeiramente, ter a paciência e a compreensão de que eu não cuspo texto e não perder a esperança de qualquer dia desses mais coisas terá para ler, e, segunda e mais importantemente, viva de forma a produzir lindas sementes para as minhas palavras. Me dê motivos para escrever.Exista com E maiúsculo.

Viu, acabei de escrever usando a falta de uma semente como semente. Será este o truque?

Sei lá, mas gostei! E desculpa se te usei!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Leiror Consumidor

Caro leitor, voltei! (rápido, né? O que será que aconteceu, ele não é de escrever duas vezes ao dia?)

 

É que estou aqui num vôo de ponte aérea, de São Paulo para o Rio, no final de uma tarde qualquer.

 

Sempre gostei de escrever e tenho um leve planejamento de vida onde me vejo escrevendo crônicas que me deixarão famoso, lido e rico.

 

Então faço um pouco de exercícios e leituras com olhar crítico (é uma delícia). E agora estava lendo a revista de bordo, bastante cheio de artigos assinados (não me darei ao direito de defini-las como crônicas) mas de uma falta de assunto assustador.

 

Se não, vejamos (que me perdoem os autores, mas considerem isso uma crítica de um leitor).

 

O primeiro que li, de um cara bastante famoso (pelo menos para mim) gastando uma página inteira, com direito a tradução para o inglês (ou seria versão, nunca sei!), falava e re-falava sobre calçadas, pessoas, filas e escadas rolantes, apenas para criticar porque as pessoas não são organizadas! Ele nunca entendeu que as pessoas não são organizadas por natureza. A organização é imposta através de autoridades, costumes e leis e visa apenas isso: organizar. Mas o meu caro autor cita os passeios pelos parques e calçadões como precisando serem organizados da mesma forma que ele acha que deve ser organizada a fila de uma caixa eletrônico! O que temos que entender é que não deveria haver a necessidade da organização ou da fila! Devemos re-aprender a viver no e do caos, como em algumas regiões remotas e em algumas mentes brilhantes.

 

O segundo, de um escritor provavelmente brasileiro,  cita um fato que ocorreu em Londres, deplorável (gastos exorbitantes em um jantar de executivos de um banco) e conta um pouco das punições (menos um que se arrependeu) e usa isso para falar não sei exatamente do quê. Com uma flora e fauna tão rica que é a brasileira, e com um folclore também recheado de monstros, qual o objetivo de escolher animais tão longínquos quanto os ingleses? Quer escrever e ensinar,  chegue perto do seu leitor e deixe ele sentir o cheiro da sua própria realidade.

 

O terceiro tenta cobrir a pergunta de como a internet mudou a vida de cada um. É até legal, coloca alguns exemplos, sempre estrangeiros, mas vale pela questão.  Nos faz pensar um pouco, é verdade, mas é um pensamento de constatação e não de criação. A pergunta poderia ser mais no tipo: já que existe uma internet, o que você faria com ela para que sua vida realmente mudasse?

 

Há ainda outros artigos, menos com cara de crônica ou opinião, mais com cara de reportagem e nem vou discuti-los pois o que eu queria era entender e entendi:

 

Precisamos mudar o nível do leitor!

 

Ele é o consumidor! Deveria ter um código de defesa do leitor! Que as pessoas escrevessem com objetivos claros e com o orgulho de terem escrito! Que escrevessem para os que querem ler, os que gostam de ler e os que gostariam de aprender a ler, de verdade.

 

E que se responsabilizassem pela qualidade do que escrevem.

 

Pensem nisso, por favor (e me digam se eu passaria imune por este código de defesa do leitor). Quero melhorar e sei que posso.

 

Silêncio Ambicionado

É, meu caro leitor, olhe eu aqui brincando de escrever de novo (e você de ler, espero). Quando se brinca com coisa séria tem-se um gostinho de aventura...

Mas o que quero escrever não é de aventura, é justamente ao contrário, de quietude. Estava conversando com um amigo o outro dia (ontem, seja lá quando for o seu ontem, leitor – mas querendo dar uma idéia do frescor das lembranças). E ele me contava que seu grande sonho de futuro é quietude e simplicidade, numa vida nada ambiciosa.

E aí que parece haver um problema: poucas pessoas aceitam as que não possuem ambição. E menos pessoas ainda conhecem o sentido da palavra ambição! Em nenhum momento é um sentido positivo! Sua origem, latina, quer dizer circular em busca de votos.  Outra maneira de ver é como desejo pelo poder.

Como então ser ambicioso pode ser algo bom? Se você deseja o poder, depois de conquistá-lo, o que fará? Exercerá este poder? E como compensar pelos custos que este conquistar causou? Se algo te custa, algo tem que ser ressarcido por alguém. Isto é que se chama exercer o poder: usá-lo para conseguir coisas e sentimentos que te demonstrem que valeu a pena. Isso me parece muito cansativo, trabalhoso e correndo o risco de não se conseguir o resultado esperado.

Agora pensemos na quietude. Todos os seus significados e sinônimos remetem à idéia de paz, tranqüilidade de espírito. E tenho certeza que já lhe disse antes, leitor meu, como conquistar esta paz de espírito (leia Dicas de Paz Interior – é sim, fui eu que escrevi para que fosse lido por você, leitor – e aproveita e lê mais, me faça famoso..).

Quietude é gratuito e assim não devemos nada a ninguém nem cobramos nada de ninguém. A quietude tem o dom do silêncio, do não responder de imediato, e este truque de escutar sem responder é muito difícil de se aprender. Mas quando se domina esta técnica aprendemos muito mais do que nos cerca... absorvemos sem sermos contagiados ou ensopados pelas energias alheias... passamos a entender melhor o todo de cada individuo.

E o mais gostoso é que sorrimos muito! A cada silêncio praticado, sorrimos de satisfação de nós mesmos. Quer melhor caminho para o futuro, onde nem será preciso sonhar?

Caro leitor, te vejo por aí e espero que leia meus textos no link acima, He He He (nada como uma propagandinha subliminar... se funcionasse...)

Beijos aos que queiram e abraços aos que precisam.

sábado, 10 de abril de 2010

Recado dos deuses

Caro Leitor, cara leitora,

Os deuses clamam por conclusividade!

Eles até que gostam de ver seus seres contemplarem as realidades e os devaneios, elaborarem teorias e filosofias que enaltecem o ser o humano e os faz crescer. Eles curtem o espírito acima da matéria, o espiritual, o lado nobre de se ser vivo.

Mas eles querem que aprendamos o porquê e o para quê de tudo isso! Eles querem conclusões, etapas seguintes, novas descobertas, novos horizontes!

Eles estão tão preocupados com este hábito humano de tecer teias ao redor de si mesmo que se reuniram e decidiram pedir que eu conversasse com você!

Não sei porque me escolheram, mas vamos lá! Pedido de deuses deve ser atendido... ainda me lembro de alguns castigos mitológicos que nos afligem até hoje...

O que eles querem dizer é que é muito importante sermos mais que máquinas em um processo evolutivo e que a gente se dedicar à alma, ao interior, ou seja lá o nome que queiramos dar, é muito bom! Eles aprovam, participam e aplaudem!

Mas o que os deixa preocupados é nossa capacidade de acreditar que exista um nirvana, ou pior ainda, que ao termos alcançado este estado, estamos com a tarefa cumprida. Eles estão cansados de ver seres humanos brilhantes atingirem níveis de consciência altíssimos e depois ficarem dando voltas ao redor de si mesmos, se chafurdando nas descobertas repetidas e na sensação de serem diferentes e mais excelsos que os demais.

Quando estes seres atingem este ponto eles se aproximam dos “inferiores” como se deuses fossem, unilateralmente, se dizendo perfeitos conhecedores da essência humana e se entristecem ao ver a distância que os separa dos demais. E os “inferiores” não conseguem mais enxergar a normalidade desses seres especiais e ora os chama de loucos ora nem liga para suas existências.

E aqui os deuses vêem dois erros crassos!

O primeiro é esses seres especiais acharem que são não “normais” e que têm o direito à distância. Na verdade esta distância é apenas medo de perder o conquistado, de se “normalizar”, de se esquecer o que é tranqüilidade de espírito. Quanto mais especial você for mais normal será! Não se distancie, não se vanglorie e principalmente não se vista de misticismo sem valor! Não invente nem siga palavras ou rótulos!

O segundo, objeto principal do recado dos deuses, é: não se contente, não se abrigue no seu círculo de conforto. Os caminhos a seguir são infinitos e todos levam a algum lugar. Se você realmente atingiu um nível que você considera especial (sem SE considerar especial), vá em frente! Conclua uma capítulo! Conclua uma vida ou um caminho!

Esta conclusividade clamada pelos deuses é fundamental! A meta não é ser especialista de alguma coisa e sim generalista de tudo e só seguindo em frente é que se consegue!

Você chegou a algum nível de conhecimento ou espiritualidade que lhe é novo? Ótimo, parabéns! E agora, vai ficar desfilando seu estado espiritual por quanto tempo?

Quando você vai virar aprendiz novamente?

Conclua, evolua, flua!

Recado dado!
 
BlogBlogs.Com.Br