INSTRUÇÕES DE USO

Você está proibido de ler este blog fora de ordem! A nova ciência da tecnologia criou uma nova ditadura de formas e conteúdos e tive que fazer algumas mágicas para que as coisas apareçam na ordem certa (mas nem sempre funciona)!
Embaixo você vai poder ler as últimas partes escritas (mas só se você já leu o resto) - não me obedecer pode gerar sua expulsão desta minha doação literária! Para ajudar, olhe à sua esquerda e vai ver um índice... sabe o que fazer com ele?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Estrela

Há uma estrela lá longe. Ela brilha e nem sabe disso. Ela não sabe porque não precisa. Essa estrela gosta de brincar e de vez em quando se transveste de Lua só para ser aquecida pelo Sol, iluminar os incautos namorados ou surpreender a todos se escondendo atrás da Terra.

Ela ainda lembra como esta simples brincadeira, que cientistas renascentistas traduziram em movimentos previsíveis, encantavam povos e os aproximavam do amor e do temor à Natureza.

E ela gostava de ver esta aproximação porque ela entende que se nada é real, só as forças da Natureza permitem criar a ilusão. E quanto mais perto das forças essas pessoas se encontravam, mais o brilho desinteressado da estrela se perpetuava no tempo.

Ela gosta da sensação de ser estrela. Enquanto perto dela, tudo parece sumir, reina apenas ela nos céus de quem a vê sem sentir. Ela é solitária, não tem planetas, nem os quer; não quer ser Sol. Ninguém a toca, ninguém se aproxima.

Mas ao nos afastarmos dela, suas amigas estrelas aparecem ao seu lado e ela quase some dentro de uma multidão. E ela é feliz assim. Ela sabe que não é nada de especial nesta constelação, mas nós sabemos que se ela sumir ou se apagar, um vazio há de ficar.

Vamos cuidar dela sem ela saber... vamos nos aproximar das forças da Natureza, vamos amar e ser parte da Natureza para amar e ser parte desta estrela sem ela saber ou se preocupar.

Deixemos a estrela apenas brilhar e brincar.

 

domingo, 18 de julho de 2010

Evolução de Hoje

Não existe mudança sem provocação, não existe evolução sem a ameaça da extinção, não existe melhoria sem contestação.

Não existe transformação sem a participação de forças externas. Contemplação pode ser uma forma de paz interior, mas nunca de prosseguir na busca de Algo.

A introspecção, o fechamento de suas idéias e teorias dentro de si mesmo corre o risco de matar seu progresso por inanição. É necessária a pressão, a discordância ou o simples questionamento externo para que você possa rever seus conceitos, burilar seus cantos ásperos, polir suas facetas opacas.

E se você acredita nisso, você tem que participar do seu mundo atual de forma ativa e sincera. Deve expressar seu modo de pensar de forma a que o mundo lhe mostre suas próprias falhas para que possa eliminá-las, transformá-las em energia e mudança.

Você tem todo o direito de escolher a quem se expõe e de quem se protege; não há nenhuma necessidade de se desgastar à toa, repetindo discussões e opiniões só porque as pessoas que te cercam são novas ou diferentes ou ainda surdas dos seus primeiros pensamentos. Nessas horas, escute e ajude a mudar.

 Mas você precisa dos outros. E eles precisam de você. Respeite, conteste, questione as pessoas que lhe são importantes. Alimente-as de suas falhas para que elas também possam corrigir e mudar.

Eventualmente portas se abrirão e novos mundos se oferecerão para que possa passear por eles. E você vai precisar de toda a ajuda das pessoas já antigas deste novo mundo para que por ele você possa andar, sempre se transformando.

No final de um Tempo que não acaba por não existir, seu único diálogo será com a Natureza e talvez neste momento tua busca por Algo tenha se encerrado.

E aí você parte para a próxima missão: ser parte consciente deste Algo.

sábado, 17 de julho de 2010

Criativdade Introspecta

Às vezes o lado criativo se introspecta e ao invés de trazer à mente imagens e formas de exteriorizá-las, se volta à verdadeira fonte das criações e se dedica a alimentá-la, dela cuidar.

Nada se tem a dizer, pintar, criar ou inventar. Está na hora de plantar, esperar germinar, deixar a musa deitar o orvalho, para depois colher e distribuir.

E nessas horas é necessário ser criativo, não repetir receitas buscando acelerar colheitas. É necessário deixar as forças da Natureza ditarem seus caprichos.

É necessário olhar a cada semente guardada ou recebida como algo totalmente novo e saber escutar da Natureza os momentos de lançá-la à terra fértil que temos dentro de nós.

Devemos, quais plantadores antigos, olhar o céu, esperar a Lua, observar os animais e o ruído dos riachos para assim saber o momento certo.

E depois, é deixar a Natureza impor seu ciclo, acima do Tempo e do Espaço, colher e distribuir, pois só assim a terra continuará fértil e generosa.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Transe Hipnótico

Estava lendo um livro outro dia (sim, eu sou sugestionável) e um pequeno trecho que eu li despertou umas idéias e imagens aqui comigo. Antes que se pergunte, não acabei de ler o livro; o estou guardando para uma viagem que devo fazer no final do mês e definitivamente preciso de companhia.

Mas o livro contava a experiência hipnótica que o personagem tivera vários anos antes do tempo presente do livro. Logicamente que, como bom deturpador e preguiçoso que sou, não vou me lembrar de todos os detalhes e como só estou usando como gancho não será tão importante assim ter os detalhes na ponta da língua. Se quiserem, que leiam o livro.

Mas nessa experiência hipnótica, o autor estava no meio de um palco mas achava que estava em um quarto totalmente fechado feito de pedra. Apesar de ter entrado por uma porta, ela desaparecera e agora não tinha como sair. Depois, ele foi salvo pelo hipnotizador que o puxou para fora diretamente através da parede de pedras, fazendo com que ele a atravessasse.

Pois bem porque estou falando tudo isso?

Algumas coisas me chamaram a atenção. Uma delas é que sempre que falamos em hipnose ou estamos criando bloqueios, como as paredes que não existem, ou estamos derrubando bloqueios que também não existem, como as fobias e traumas.

A outra coisa que me chamou a atenção foi o público que assistiu a tudo, não interferiu apesar da cena aparentemente ridícula de um ser se debatendo contra o nada. E no final, quando voltou ao "normal" o público o aplaudiu como herói, talvez até com uma ponta de inveja.

Aí eu começo a juntar essas partes com outras largadas dentro de mim e fico imaginando, plagiando o homem que sonha que é uma borboleta que sonha que é um homem sonhando (ou algo assim).

Quem somos nós, nessa universalidade desconhecida? Somos o homem hipnotizado que já fora livre e depois foi cercado de barreiras e bloqueios que acreditou verdadeiras para depois voltar à "liberdade"?

Ou somos a platéia, presa num mundo coerente onde admiramos quem consegue dele fugir, mesmo que só por uns instantes?

Ou ainda somos o hipnotizador que brinca com os poderes, quiçá sabendo o que está fazendo?

O que me interessa é entender que as barreiras devem ser derrubadas, e que talvez realmente estejamos num transe hipnótico coletivo e precisemos da mão do hipnotizador para nos fazer passar por paredes aparentemente sólidas.

É essa mão que procuro...

O Poder que eu queria ter

Outro dia me falei de um Poder Natural que eu queria que existisse e que estivesse pronto a dominar. Continuo pensando nele e tentando, se não entendê-lo, pelo menos senti-lo ou concebê-lo na minha pequenez.

Já sei que este Poder é maior, é diferente do que chamam de instinto. Ele transcende a física, a lógica e o próprio Tempo. Ele tem que ter a magia de permitir a liberdade total e ao mesmo tempo a privacidade total de qualquer ser que o domine.

Sim, este Poder é dominável, no sentido de se poder usá-lo, fazer parte dele na verdade, usufruir seus limites inexistentes. Se não conseguirmos dominá-lo seremos meras vítimas dele sem nem saber. Culparemos o acaso, a má sorte, a melhor sorte dos outros, a incompreensão, o instinto alheio e as forças mundanas de falta de iniciativa, ambição e vontade.

Este Poder deve me permitir estar dentro de um avião em missão crítica para a humanidade e ao mesmo tempo estar em tua casa, conversando calmamente contigo ou olhando um nascer do Sol totalmente alheio ao conflito existencial.

Este Poder deve me permitir falar pouco e dizer tudo, sorrir sem mexer os lábios, ouvir sem estar presente.

Tenho tentado dominá-lo, mas ainda me falta a fé em mim mesmo. Toda vez que tento eu mesmo me questiono se estou no caminho certo, se vou chegar lá e quando vou chegar. Esta ansiedade destrói minhas chances, me prende à terra, me coloca como espectador ao invés de ator e autor.

Não posso ter medo do que este Poder represente ou mesmo do que ele exija em pagamento. Voar e nunca mais aterrissar? Me afastar das crenças atuais que me dão alguma segurança?

Terei que ser corajoso, mesmo sabendo que não é preciso.

Afinal, se eu dominar este Poder, nada de REAL valor perderei.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Feriado! Acorda!

Feriado! Hora de se dar folga!

Hora de entender que o mundo que te cerca e te faz ficar feliz com feriados na verdade não existe. Não poderia existir! Pensa bem, um mundo onde as coisas, atos e fatos não estejam em harmonia, como manda a Natureza? Um mundo onde é preciso dormir para sonhar? Um mundo onde quando as pessoas acham que se entendem dá em casamento? Não, esse mundo não existe.

Acorda! Estavas sonhando até agora! Não me atrevo a te perguntar se foi bom ou não, mas como te acordei cedo bem no meio de um feriado, deves estar um pouco, digamos, chateado comigo.

Acorda e aproveita o feriado para sentir a Natureza, as vidas que te cercam, o ar, poluído ou não, que harmoniosamente faz teu corpo pulsar... sentir o tempo... sentir o pensamento... sentir o que fazes... fazer o que sentes...

E depois me conta como foi...nius

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pensamentos Soltos

Tenho lido sobre planos, dimensões, unicidades, forças cósmicas e galáticas, evoluções e transcedências. Tenho pensado e escrito sobre mergulhos, sonhos, vazios, nadas, estrelas e Forças. Mas meu Instinto me diz mais. Ou, na verdade, me diz "nada disso!". Meu instinto me encaminha para a Natureza, a Harmonia, o Pensar e a Razão. Mas não a razão da lógica, e sim a razão da continuidade, das coisas terem uma razão de ser.

Não me importa que este mundo em que hoje vivo seja um plano de um universo multi-dimensional e que mudar de planos seja por merecimento ou iluminação, ou que represente uma evolução.

Se existimos, há uma Razão de ser, uma Razão Natural, Divina ou Cósmica.

A idéia de que, se Deus existe, a mudança de planos, a evolução multi-dimensional, é um caminho para se estar mais perto dele não faz qualquer sentido, não tem nada de interior, é apenas uma pressão exterior que visa controlar o todo.

Me lembro mais jovem, bem mais jovem, passeando pelo Parque da Aclimação, bem cedo, antes das aulas começarem. Era uma ou duas voltas ao redor do lago, independente do clima (salvo em dia de chuva, porque detesto guarda-chuva), onde cada passo era permeado de sentir, meditar, me preencher de objetivos que ninguém pudesse cobrar. Quão mais perto do Todo eu poderia estar do que naquele momento, envolto nas brumas da manhã, ao redor de um lago, brincando de desviar os pés de folhas caídas e formigas madrugadoras?

E como era gostoso ver os outros perguntarem porque eu fazia isso todo dia de manhã e não precisar responder porque ninguém na verdade queria saber (ou quase ninguém; quem realmente queria já sabia o porquê). Não é saudosismo, é resgate.
Será esta é a Simplicidade que busco? É nesse passeio pelas brumas que vejo meu caminho multi-universal; virar à direita e estar em um outro lugar qualquer; virar à esquerda e voltar a qualquer lugar.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dúvidas e Querências

Caminhos têm que ser descobertos?

Já sei sonhar, já tive a chance de ver o que há além da miopia hipermétrope de simplesmente olhar.

Me vi nesse sonho porque me libertei, temporariamente, das amarras, ou me libertei das amarras porque sonhei?

Não segui caminhos, simplesmente sonhei.

Como conquistar esse sonho, como ser parte mais fiel dele?

Como viver este sonho e usar as amarras como âncoras temporárias para visitar planetas quaisquer?

Não quero ser estrela, quero ser luz, ar, calor, amor... nem quero ser Sol, estrela cercana.

Quero viver no elo entre pisar na Terra e sonhar. Quero ser útil.

Terei que descobrir caminhos, ou simplesmente querer, ou simplesmente sonhar?

Sei que meu sonho existe, sei que é real.

domingo, 4 de julho de 2010

Mergulho

Pode-se mergulhar para dentro e ao mesmo tempo para cima, para os ares?

Falava outro dia de ter eu chegado à margem de um rio desconhecido (texto anterior, Duelo) e que agora havia chegado a hora de mergulhar... e o pensar, o refletir, o ler e escutar ainda são amarras que me prendem mas ao mesmo tempo me dão a possibilidade de me libertar. E estes atos coerentes e viciadamente racionais estão embaralhando meu ser, embrulhando meu existir e embalando minha imaginação.

E me pego lembrando de sonhos anteriores, onde as liberdades são incoerentemente totais; me pego exercitando minha imaginação por novas terras férteis, deixando correr solto a nulidade da real criatividade, onde as coisas e idéias se insinuam mas não tomam forma, uma criatividade que me empurra, como se não fosse minha.

E me imagino sem amarras e mergulho nesse rio desconhecido; mergulho pensando em achar uma água escura e gelada, esperando o primeiro impacto enquanto não estou nem na terra nem na água, mas nada do esperado acontece.

Mergulho num nada que me permite para sempre ficar, simplesmente nada ser. É como se flutuasse no ar, carregado por correntezas desconhecidas e ao mesmo tempo envolto pelas águas de um batismo ainda não declarado nem merecido.

Na verdade sou abençoado pelas Forças que me deixam sentir o porvir sem ainda merecer nele estar ou dele ser. E posso voltar ao meu viver normal, onde as coisas acontecem como eu esperava, para ainda deitado na minha cama, rever as sensações da viagem que acabei de fazer.

E, talvez, por me deixarem espiar um pouco deste existir, eu consiga mergulhar sem medo e a todos os mundos pertencer.

 
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