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domingo, 4 de julho de 2010

Mergulho

Pode-se mergulhar para dentro e ao mesmo tempo para cima, para os ares?

Falava outro dia de ter eu chegado à margem de um rio desconhecido (texto anterior, Duelo) e que agora havia chegado a hora de mergulhar... e o pensar, o refletir, o ler e escutar ainda são amarras que me prendem mas ao mesmo tempo me dão a possibilidade de me libertar. E estes atos coerentes e viciadamente racionais estão embaralhando meu ser, embrulhando meu existir e embalando minha imaginação.

E me pego lembrando de sonhos anteriores, onde as liberdades são incoerentemente totais; me pego exercitando minha imaginação por novas terras férteis, deixando correr solto a nulidade da real criatividade, onde as coisas e idéias se insinuam mas não tomam forma, uma criatividade que me empurra, como se não fosse minha.

E me imagino sem amarras e mergulho nesse rio desconhecido; mergulho pensando em achar uma água escura e gelada, esperando o primeiro impacto enquanto não estou nem na terra nem na água, mas nada do esperado acontece.

Mergulho num nada que me permite para sempre ficar, simplesmente nada ser. É como se flutuasse no ar, carregado por correntezas desconhecidas e ao mesmo tempo envolto pelas águas de um batismo ainda não declarado nem merecido.

Na verdade sou abençoado pelas Forças que me deixam sentir o porvir sem ainda merecer nele estar ou dele ser. E posso voltar ao meu viver normal, onde as coisas acontecem como eu esperava, para ainda deitado na minha cama, rever as sensações da viagem que acabei de fazer.

E, talvez, por me deixarem espiar um pouco deste existir, eu consiga mergulhar sem medo e a todos os mundos pertencer.

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