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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Viva a palavra, que não pode ser leiloada ou possuída.

Meus caros vocês

Hoje estou irritado! Vou parar de escrever! Escrever é por idéias, vidas, pensamentos, verdades e mentiras em forma de palavras. E essas palavras podem ser copiadas, enviadas, impressas, lidas e repetidas. Elas não valem nada por si só! Antigamente até tínhamos manuscritos, que poderiam valer uma fortuna depois de algumas centenas de anos. Mas hoje, não existe o objeto da escrita.

Já um quadro ou uma escultura são coisas únicas. Você pode fotografar, descrever e analisar mas o objeto continua sendo único. e é essa diferença que me revolta.

Feliz o tal de Alberto Giacometti, um escultor suiço que fez esta coisa aí abaixo:



Sem querer discutir o valor de se ser artista, teve um tal de senhor anônimo que comprou esta escultura pela bagatela de 104 milhões de dólares!

Não vou discutir o assunto do que se deveria fazer com este dinheiro, não vou entrar nas demagogias ou liberdades alheias.

O que me chama a atenção são alguns pontos que não são divulgados com veemência:
  • A escultura pertencia a um banco. Assim, quem ganhou dinheiro foi o banco e o leiloeiro.
  • Na verdade esta escultura não é única. O artista fez o molde e tirou pelo menos dez cópias.
  • Esta obra chama-se algo como "L'Homme qui marche I" e existe ainda a obra L'Homme qui marche II, também com várias cópias.
E além de tudo, é feia demais!

Irritação comentada, documentada. Mas não vão poder leiloar nem a caneta nem o papel marcado com a raiva do famoso escritor George ao se expressar sobre a venda da escultura!

Sejamos felizes, então, com o poder da palavra, sua volatilidade e imediata compreensão ou negação. Sejamos felizes então, com as armas das letras, palavras e frases que por si só nada trazem, mas embalam verdades e mentiras que têm a possibilidade de serem eternas.

Viva a palavra, que depois de proferida a todos pertence.

Que sejam felizes minhas palavras de hoje.

Obrigado por me ouvirem num sábado, onde nada ensinarei e nada quererei dizer além de um momento de mim mesmo.

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