INSTRUÇÕES DE USO

Você está proibido de ler este blog fora de ordem! A nova ciência da tecnologia criou uma nova ditadura de formas e conteúdos e tive que fazer algumas mágicas para que as coisas apareçam na ordem certa (mas nem sempre funciona)!
Embaixo você vai poder ler as últimas partes escritas (mas só se você já leu o resto) - não me obedecer pode gerar sua expulsão desta minha doação literária! Para ajudar, olhe à sua esquerda e vai ver um índice... sabe o que fazer com ele?

domingo, 24 de janeiro de 2010

Re-Descoberta






Meu leitor querido
Falávamos de releituras. E eu fiz minha lição de casa, continuo lendo o Ilusões. Você fez a sua lição?
Teremos tempo, não se preocupe... e eu terei paciência, nem sei porque.
Mas vamos lá, vamos falar de releituras. Antes, deixa eu colocar umas premissas, que valem hoje, mas não sei se valerão amanhã: há três livros especiais na minha vida. São especiais na minha vida de hoje, pois eles não saem da minha cabeça e fico aqui fazendo releituras de memória ou de papel (ou seja, reler com os olhos mesmo). Mas também foram especiais na hora que cada um apareceu na minha vida...

Abre parênteses: me sinto envergonhado de não lembrar quem ou quems me meu ou me deram o prazer de conhecer cada um destes livros. Se foi você, ou se sabe quem foi, me conta por favor. Aceita minhas desculpas, mas prometo que não esquecerei mais. Se foi eu mesmo, por sorte ou inspiração, nunca ficarei sabendo porque não vou me lembrar de falar para mim mesmo que eu me dei o livro (ainda bem que tudo isso está entre parênteses, se não íamos, você e eu, ficar meio loucos nesta leitura.) Fecha parênteses.

O primeiro, obviamente O Pequeno Príncipe, abriu meus olhos e mente para o fato de haver gente que escreve e gente que lê com a sensibilidade e distanciamento da "realidade" que acreditava e acredito ser tão necessários. Deve ter entrado na minha vida na hora certa, ou não, mas me serviu bem.
O segundo, Fernão Capelo Gaivota, me ajudou a entender como criar a distância da sobrevivência. Me ensinou que você pode ser diferente e vencedor, sem precisar brigar ou negar teus quase iguais. Este entrou na minha vida em boa hora, tenho certeza. Fez com que eu aprendesse a aprender por conta própria.
Algum tempo depois, apareceu o Ilusões. Li e adorei. Era como o fechamento do aprendizado, a constatação da verdade, a coroação das incertezas enquanto se caminha pelo aprender. Li, entendi, absorvi, e depois guardei o livro.
E a vida foi se movendo... batizado pelo príncipe, acompanhado pelo Fernão e recepcionado pelo Mestre, continuei, sem me mexer ou progredir... não congelei, mas estagnei.
A todo duelo que enfrentava, ia ficando preguiçoso e deixando de lado minhas lições e começando a usar as lições dos outros, viver a realidade mundana.
Por muitas vezes foi divertido, não nego. Fazer algumas coisas erradas, fazer algumas coisas padrão, sem responsabilidade com o "migo" mesmo dá momentos de relaxamento, de diversão e até alegria e satisfação. Mas estes momentos se vão e então temos que sair em busca de novos conflitos e aventuras para de novo ter estes momentos. E isto cansa! E se cansa, não deve ser assim tão divertido.
Mas, faltava algo. E recentemente, algo que faltava aconteceu.
Não vou te contar não, seu curioso! O que interessa é o resultado e não o que aconteceu! Porque se você quiser chegar perto de algo que te aconteça tem que ser um algo teu, não meu!
Mas, não me interrompa!
Aconteceu!
E reli o Ilusões. E foi quase como se fosse uma nova leitura. Me foi ainda mais importante que da primeira leitura. Me ensinou que o livro está certo. (Leia para saber o que ele diz, oras!)
Mas o que mais me valeu, é saber que sempre posso aprender, e como diz o mestre: Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. E que descoberta maravilhosa.

Continuaremos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
BlogBlogs.Com.Br